O aumento da violência nos grandes centros faz com que as pessoas transformem seus lares em prisões domiciliares com grades, guardas e câmeras filmadoras.
A onda de seqüestros, assaltos, estupros e outros crimes cometidos deixam o cidadão assustado e com medo da própria liberdade que tem direito.
Violência esta! que não deixa as pessoas fazerem as coisas do cotidiano, como ir ao supermercado, no cinema, caminhar, mandar seus filhos à escola e até parar em uma sinaleira com seu automóvel, onde o medo de que a qualquer momento poderá ser uma vítima desta insegurança.
Sabemos que a criminalidade cresce muito mais rápida do que qualquer outro recurso aplicado pelo governo na tentativa de diminuir este mau que tanto aterroriza as pessoas dentro e fora de seus lares, impossibilitando-as de viverem com tranqüilidade.
Por tudo que vem acontecendo com as pessoas, com tantos crimes ediondos, nossos presídios superlotados, seqüestros, assaltos, crimes contra a vida, às vezes por um relógio ou até mesmo por um par de sapatos, então, não seria a hora do governo e a sociedade em geral mobilizarem-se para reverter esta situação catastrófica de vida, se empenhando na utilização de mais recursos, sendo não só na área da segurança pública que necessita urgente, mas também na base da sociedade que é a família, na educação, na qualidade de vida em geral, no menor carente, para que ele cresça e tenha um futuro digno, que não seja mais um candidato na escola da marginalidade.
Com boa vontade e empenho de todos: GOVERNO, SOCIEDADE e JÚSTIÇA e unidos com um só objetivo, talvez um dia, não mais seremos prisioneiros de nós mesmos, que possamos,então tirar as trancas e grades, os guardas particulares e as filmadoras de nossas casas e que todo esse capital que está sendo aplicado na construção destas prisões, seja investido na formação de pessoas dignas, para que no futuro não se transformem em nossos medos e temores, em nossos agressores.
Moisés Laurindo
08/12/2001
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